Os comeres da Tareca

sábado, dezembro 23, 2006

Boas Festas


Para todos os visitantes do meu "Bloquinho de Receitas", os meus votos de
Feliz Natal

sexta-feira, dezembro 22, 2006

Bacalhau na broa


Este bacalhau é uma óptima alternativa ao bacalhau cozido da consoada, em casas onde toda a gente se lamenta cada vez que se fala de bacalhau cozido.
Descobri esta maravilha há uns anos, entre outras igualmente deliciosas, no restaurante St.ª Isabel, em Abrantes. A partir daí, volta não volta ... Bacalhau na Broa.


Abre-se a broa, retirando-lhe uma "tampa" e retira-se-lhe o miolo. Convém não fazer buracos.


Num tacho, alouram-se uns dentes de alho em azeite (muito), tirando-os antes de começarem a fritar. Junta-se o bacalhau em lascas e deixa-se fritar um pouco.

Juntam-se grelos cozidos e salteados em azeite e alho e, por fim, a broa esfarelada, ensopando o azeite sem deixar a mistura ficar seca.



Tapa-se a broa e leva-se ao forno, por cerca de 20 minutos.




Acompanho, regra geral, com grelos salteados e batata a murro.

domingo, dezembro 17, 2006

Ensopado de borrego

Embora não tendo sido habituada a comer borrego quando era criança, desde que comecei a relacionar-me com os alentejanos como-o com alguma frequência e, sinceramente, é das carnes que mais gosto. Claro que bem limpinha e bem temperada.
Para este ensopado, temperei de véspera com alho, sal, vinho branco, louro e um pouco de alecrim.
No dia seguinte, deitei azeite e um pouco de banha num tacho, 1 cebola grande picada, 2 dentes de alho e uma folha de louro e deixei refogar. Juntei a carne e deixei alourar. Acrescentei o líquido da marinada, um pouquinho de vinagre, um ramo de salsa, colorau e deixei cozer a carne.
Acrescentei água suficiente para cozer as batatas e para ensopar o pão, e quando estas estavam cozidas, no final da cozedura, juntei um ramo de hortelã.

No prato de servir, porque todos gostamos muito, coloquei mais hortelã. O pãozinho era alentejano, de Mértola. É uma comida que não faço tantas vezes quanto gostaria porque o pão dito alentejano que se vende aqui por estes lados é-o mesmo só de nome. Há uma casa que vende pãozinho bom de Martinlongo (que por acaso é algarve) e é aí que às vezes consigo. Mas, não havendo pão há outras coisas e faz-se uma bela duma caldeirada de borrego, ou de cabrito, como é o caso do meu próximo petisco, lá para o fim da semana e que, mais coisa menos coisa, faço-a tal como está muitíssimo bem explicadinha no Avental do Gourmet, a quem agradeço ter-me lembrado.

sábado, dezembro 02, 2006

Arroz de pato


Sempre gostei muito de arroz de pato, mas depois que o comi feito com o pato assado, em casa de uma amiga, ainda gosto mais. E, agora, é sempre assim que o faço.
Barro o pato com uma pasta feita com alho esmagado no esmagador, ou muito picadinho, sal e massa de pimentão e deixo-o ficar por umas horas (se não dispuser de muito tempo, vai de imediato para o forno).
Coloco-o num tabuleiro e vai ao forno a assar, apenas com o tempero que já tinha.
À medida que o pato vai assando, vou retirando para um recipiente o molho que se vai formando.
Quando o bichinho está assado, retiro-o e aproveito também todo aquele queimadinho que ficou, tirando-o com a ajuda de um pouquinho de água.
Desfio o pato e deixo arrefecer o molho.
Num tacho, faço um refogado com alho, cebola e o molho aproveitado, retirando a gordura que se formou à superfície. Junto o pato desfiado, o arroz, deixo secar um pouco e junto o líquido necessário para cozer o arroz, que é o resto do molho acrescido da água necessária para perfazer a medida - 2 de líquido, para 1 de arroz (mas eu como sou trapalhona, roubo um bocadito no líquido). Rectifico o sal.
Quando o arroz tiver absorvido o líquido, passo-o para um tabuleiro, enfeito com fatias de bacon e rodelas de chouriço e acaba de cozer no forno.